A ineficácia na gestão de resíduos na Matola tem levado ao aumento da acumulação de lixo em vários pontos da cidade. Ruas bloqueadas por semanas devido à falta de recolha de lixo evidenciam o problema. Apesar da promessa da administração local de um plano de 10 anos para resolver isso, o financiamento necessário para implementação ainda não foi garantido. A persistência do problema, apesar das reclamações, ressalta a complexidade da situação.
Uma rápida observação das ruas e avenidas da Matola revela que os esforços para remover o lixo dos bairros têm falhado. A situação é tão crítica que causou o bloqueio de algumas vias. Na área residencial da Liberdade, os moradores enfrentam o desafio da sujeira. Paulo Luís, residente de longa data na Liberdade, relata que a falta de recolha de lixo é uma questão antiga: “Já nos reunimos várias vezes com líderes locais e a administração municipal, mas ainda não encontramos solução. Conviver com moscas e sujeira é insustentável.”
O problema não se restringe à Liberdade; Malhampsene enfrenta desafios semelhantes. Ana Rafael, residente, destaca a ausência de contentores de lixo: “Enfrentamos condições precárias enquanto buscamos nosso sustento diário. Sem contentores próximos, acabamos descartando lixo localmente ou até queimando-o.” A acumulação de resíduos, especialmente no mercado de alimentos, representa riscos à saúde pública.
Calisto Cossa, presidente do Conselho Municipal da Matola, reconhece os desafios e afirma haver um plano para eliminar a acumulação de lixo. Ele ressalta: “O plano estabelece limites para a geração de lixo e como o processo de recolha deve ser conduzido. Contudo, limpar a cidade depende não apenas da recolha, mas também da prevenção da poluição.”
A Matola gera cerca de 1200 toneladas de lixo diariamente. A vereadora de salubridade destaca que, embora haja um plano em vigor até 2032, sua implementação a curto prazo não é garantida. A aprovação do plano em 2022 levanta a necessidade de soluções efetivas para enfrentar essa questão persistente.